quarta-feira, setembro 28, 2005

O Pombo


Numa bela manhã o Sr Melro saiu de casa para tratar de vários assuntos relacionados com a sua lista. Só não era um despertar tranquilo como tantos outros, porque ele tinha um avião para apanhar e os horários têm de ser cumpridos.
Meteu-se no carro e pôs-se a caminho do aeroporto das Pedras da Forca.
Quando chegou ao parque de estacionamento deteve-se por um instante a olhar para o número de carros da polícia aí parados, o que o levou a questionar-se sobre qual o motivo de tal aparato. (Embora ele não soubesse , os carros e os respectivos ocupantes, que já se encontravam espalhados pelo aeroporto estavam lá por sua causa).

Tudo começou, quando numa das famosas reuniões de terça-feira (precisamente na semana em que o Luís se encontrava demissionário), foi passado o filme “Valiant e os bravos do Pombal”. Até aqui tudo normal, até que dois ou três dos presentes começaram a encontrar muitas semelhanças entre a personagem principal e o Sr Melro. O filme foi então visto e revisto até à exaustão e concluíram que o pombo do filme e o Sr Melro era a mesma pessoa. Logo juraram segredo entre os presentes e foram alertar as autoridades, que desde esse dia montaram um cerco terrível (ainda que discreto), em torno do Sr Melro com o intuito de o “caçar”.

Quando o Sr Melro se preparava para entrar numa das portas que dava acesso à zona de embarque foi-lhe pedido para não dar mais nem um passo e para se identificar. Cumprindo as ordens, o Sr Melro identificou-se e a foto, o nome e as impressões digitais não apresentavam nada de suspeito, o que levou as autoridades a deixá-lo prosseguir.
Foi então que já na zona onde está instalado o raio-X que tudo se alterou, pois mal o Sr Melro se aproximou do detector de metais o alarme disparou e as autoridades regressaram alertadas pelo sinal.
A anilha que o Sr Melro trazia muito bem escondida, traiu-o. Um dos polícias retirou-lhe então a anilha e lá estava gravado C.M.A (Câmara Municipal de Asnelas).
Já na presença de um juiz, o Sr Melro como que arrependido desfez-se num enorme pranto e entre soluços, lá se foi justificando da acusação de falsificação e usurpação de identidade. No seu depoimento disse entre outras coisas, que na realidade sempre foi um pombo-coreio , propriedade de um columbófilo chamado Zé Colmeia, e que aquela identidade e disfarce foi adoptada na altura em que teve uma tasca em Canas de Senhorim, para assim poder espiar todos os passos dos locais e informar o seu dono.
Explicou ainda que a sua viagem se destinava a sua viagem tinha como destino o Congo, para levar documentos confidenciais ao Colmeia.
E foi assim que o nosso Melro que afinal não passava de um pombo foi desmascarado.Alguns rumores dizem que fugiu para o Brasil para rodar uma novela enquanto aguardava julgamento, mas à semelhança de Fátima Felgueiras, talvez volte daquia 4 anos para as eleições à Câmara de Canas de Senhorim…. Ficamos à espera..

2 comentários:

Cingab disse...

Bom muito bom...:D

cereja disse...

Mr Kunami, nem sempre somos compreendidos...lol.
Mas faça-me um favor não utilize o meu herói, ele é meu e só meu...lol pelo menos até 9 de outubro, depois eu cedo-o a título gratuito. lol
Cumprimentos.